O DESCONFORTÁVEL PRAZER EM DESATAR NÓS
- Giovana Sandrin
- 25 de mar. de 2024
- 1 min de leitura
Atualizado: 26 de mar. de 2024
Se você já desatou um nó, seja ele desembaraçando cabelo, linha de pesca, de pipa, novelo de lã ou qualquer outra informação ou material embolado possível de se tornar um nó rígido atrapalhando a fluidez da situação emergente, sabe do sentimento que estou falando.
Pupilas dilatadas, concentração. Vinco na testa, uma leve porcentagem à mais de saliva na boca. Respiração profunda com duas opções que na verdade são uma sem os rompimentos: só com calma se resolve aquilo. Pode tentar puxar tudo de uma vez só com gana de urgência que levará a um nó mais apertado, quiçá ainda mais embolado.
É fio por fio. No máximo uns cinco ao mesmo tempo dependendo da matéria envolvida. Respirando e prestando atenção, eis o “sem pressa e sem pausa”, analisando o que faz sentido ser afrouxado primeiro. Dependendo do nível de paciência, de atenção e do tempo disponível, pode ser resolvido pouco a pouco nesta fórmula sem rompimentos. Quando eles acontecem, corroborando a impaciência e a pressa, são extremos mas também resolutos. O ponto é que em ambos os casos, o prazer da façanha é notável, assim como o desconforto de chegar até ele. Contrastes de sentimento.
Aos nós que são deixados de lado em tom de descarte, sem resolução, o lembrete de que nada pode ser descartado quando tudo o que existe é interligado.
Boa tarde, boa semana e boa vida para você.
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